Myd: “Para um DJ, o significado da festa é fazer as pessoas dançarem.”

Para ir mais longe

Este ano, todos concordam, não houve nenhum hit de verão. Nenhum hino leve, às vezes cativante, mas incansavelmente unificador, capaz de unir o turista de chinelos e o baladeiro suado sob o mesmo refrão. Nada emergiu. Nada sobreviveu à saturação das redes, à tirania das playlists automáticas e ao consumo instantâneo de sucessos descartáveis. O verão de 2025 passou em uma espécie de deserto pop, onde os sucessos se sucederam sem deixar a menor marca no solo da indústria musical. Deveríamos concluir que a máquina de sucessos está quebrada? Que as grandes gravadoras, obcecadas por algoritmos e otimização de streaming, perderam a capacidade de inventar um imaginário coletivo? Ou que o próprio significado da celebração se dissolveu em uma diversão globalizada e higienizada, incapaz de provocar a centelha de uma melodia compartilhada?

As evidências são, sem dúvida, muito mais brutais. Não houve um sucesso porque não há mais tempo. Muito tráfego, muito conteúdo, muita competição em um mercado canibal onde cada música persegue a anterior. No entanto, em meio a esta seca de verão, os músicos que ainda estão de pé...

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